terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Primeiro passo


Hoje, bem cedo, ao sair do condomínio para trabalhar, deparei-me com uma grande faixa à portaria cujos dizeres convocava os moradores a colaborarem com a campanha de ajuda ao povo do Haiti. Quando cheguei no “trampo” a manchete do 1º jornal que li era “Crianças do Haiti entre o horror e o abandono” e, curiosamente, após leitura dos jornais impressos e ao acessar a caixa de e-mails visualizei a nota de pesar (escrita por uma amiga) à médica e sanitarista Elza Arns, vítima daquela tragédia. Daí por diante, toda e qualquer fonte de informação jornalística ao longo do dia vem atualizando minuto a minuto as informações referentes à tragédia.
Isso me levou a refletir sobre:
1ª quantas vezes somos chamados a apoiar o próximo e mutas vezes não o fazemos, ignoramos e ainda reclamamos;
2ª o quanto um povo negro e pobre em sua quase totalidade é obrigado a viver extrema exclusão e sendo também outrora vítima de escárnio para que sejam enxergados de alguma forma e não somente vistos e;
3ª pqp! - (peço milhões de desculpas, mas não tinha outra expressão) – a mídia não perde mesmo nenhuma oportunidade para colocar seu “ibope” acima de tudo – haja tragédia!

Isso tudo é muito, mas muito louco, pra não dizer outra coisa...

É bacana ver toda esta mobilização de pessoas comuns enviando o que podem aos vitimados, mas ao mesmo tempo é asqueroso observar como sempre, sempre alguns governos, sociedades, interesseiros, pilantras, oportunistas etc vão a tv, jornais, mostrar a grande cara de pau e dizer que estão apoiando os pobres coitados – Ah, me poupe!

A pergunta é: e aí, não vamos mudar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário