quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Para Lobs e Lula

Ontem, conversando com um amigo após o expediente do trampo, ele falava sobre seus dissabores em relação a sua chefia, a falta de oportunidade de ascenção dentro da instituição onde trabalha e contou sobre um projeto que vem amadurecendo. Disse que dia desses estava fazendo um "freela", e ao ouvir três senhores conversando, enquanto aguardava atendimento, percebeu que eles falavam sobre trabalho, grana, sucesso, etc. Ao longo do papo um dos srs comentou que ainda não era milionário, mas já tinha uma condição de vida legal, aos 50 anos (aproximadamente essa era a idade que o meu amigo achou que o sr tinha).

Falou que o assunto muito o interessou, visto que seu projeto é ambicioso e, ao meu ver, ele precisa de uma boa assessoria, pois, apesar d’eu torcer muito por ele e ter certeza que dará certo, ele não tem experiência na área e até então, eu sabia que todo projeto para dar certo, dentre outras coisas, precisa de um bom planejamento.

Ele ficou pensativo e disse que não resistiu. Educadamente abordou o sr e disse:
- Desculpe interrompê-lo, mas posso fazer uma pergunta?
O sr intrigado e muito curioso respondeu:
- Pode.
- O que preciso fazer pra alcançar meu objetivo?
O sr perguntou onde ele trabalhava e meu amigo respondeu e acrescentou que ali também estava trabalhando para complementar o orçamento. O interlocutor então, disse:
- Você sabe quem é o Lula?
- Meu amigo, sem entender o questionamento, disse que sim, descrevendo resumidamente o que sabia sobre o presidente.
- Então, observe de onde ele veio e aonde chegou?
- E daí?
- Saiba que o Lula foi considerado “O Cara” pelo Obama, que todos os outros dirigentes de nações o respeitam e admiram e ainda, recentemente uma das maiores e mais respeitadas revistas do mundo o “ Lê Mond”, pela primeira vez em sua história considerou um brasileiro personalidade do ano, receberá em Davos (Suíça) o prêmio de Estadista Global do Fórum Econômico Mundial, e mais um monte de outros prêmios e reconhecimentos mundo a fora foram-lhe conferidos - , só conseguiu chegar onde chegou porque houve PERSISTÊNCIA e ele desejava e acreditava verdadeiramente que realmente poderia fazer algo pelo povo que via sofrer com tantas desigualdades. Quantas vezes nós o vimos tentar alcançar seu objetivo, e ao longo de sua trajetória, cair e levantar-se várias vezes, inclusive ser humilhado em rede nacional e, por fim, de tanto PERSISTIR está onde está. Então caro amigo, PERSISTA.
Então digo, caro Lobs, persistirei!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Primeiro passo


Hoje, bem cedo, ao sair do condomínio para trabalhar, deparei-me com uma grande faixa à portaria cujos dizeres convocava os moradores a colaborarem com a campanha de ajuda ao povo do Haiti. Quando cheguei no “trampo” a manchete do 1º jornal que li era “Crianças do Haiti entre o horror e o abandono” e, curiosamente, após leitura dos jornais impressos e ao acessar a caixa de e-mails visualizei a nota de pesar (escrita por uma amiga) à médica e sanitarista Elza Arns, vítima daquela tragédia. Daí por diante, toda e qualquer fonte de informação jornalística ao longo do dia vem atualizando minuto a minuto as informações referentes à tragédia.
Isso me levou a refletir sobre:
1ª quantas vezes somos chamados a apoiar o próximo e mutas vezes não o fazemos, ignoramos e ainda reclamamos;
2ª o quanto um povo negro e pobre em sua quase totalidade é obrigado a viver extrema exclusão e sendo também outrora vítima de escárnio para que sejam enxergados de alguma forma e não somente vistos e;
3ª pqp! - (peço milhões de desculpas, mas não tinha outra expressão) – a mídia não perde mesmo nenhuma oportunidade para colocar seu “ibope” acima de tudo – haja tragédia!

Isso tudo é muito, mas muito louco, pra não dizer outra coisa...

É bacana ver toda esta mobilização de pessoas comuns enviando o que podem aos vitimados, mas ao mesmo tempo é asqueroso observar como sempre, sempre alguns governos, sociedades, interesseiros, pilantras, oportunistas etc vão a tv, jornais, mostrar a grande cara de pau e dizer que estão apoiando os pobres coitados – Ah, me poupe!

A pergunta é: e aí, não vamos mudar?